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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Honda VFR 1200 F – O ‘Tapete Mágico’ da Honda…

A minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro…
Depois de tentativas e refugos, finalmente colocamos as mãos na Honda VFR1200F, o mais novo lançamento do maior fabricante de motocicletas do planeta na faixa Sport Touring. A moto é bela e cheia de atrativos, o maior deles o câmbio DCT (Dual Clutch Transmission), que permite a troca de marchas manual, por borboletas, ou totalmente automática, ao estilo dos scooters.
A moto é estonteante de tão bela…
Segundo o release da Honda, o projeto visual da moto foi baseado no significado das palavras japonesas ‘Ma’ e ‘Tsuya’. Ao contrário do que eu pensava, não é uma inspiração maligna ou no ex-campeão das 250cc (1993) Tetsuya Harada. O Ma quer dizer, entre outros, “espaço entre as coisas”, e Tsuya é a vontade de ter um objeto. Ah, então tá…
A poderosa casa de máquinas fica encoberta pela carenagem…
Na casa de máquinas, a VFR tem um motorzaço V4 a 76 graus, que oferece 172,7 hp a 10.000 rpm e torque de 13,2 kgm.f a 8.250 rpm. A ciclística é top, chassi Diamond, frentaço de 43 mm, traseira monobraço com Pro Link, freios com pinças de 6 pistões na dianteira e Combined ABS para parar a nave.
Let’s acelerate!
Mas o barato mesmo é brincar com o câmbio, arrancar a pleno dos sinais só na aceleração ou trocar as marchas na borboleta sem tirar a mão, uma delícia.
A moto vai muito bem, desde que o piso ajude…
Rodando, achei a moto meio esportiva demais para uso intenso. Rolés pela Barra e pelo centro do Rio deixaram claro que a vocação dela é a estrada. Logo de cara, um contraste entre a clássica CB1300 e a 1200F me deixaram inclinado a trocar a modernidade pelo conforto e a tocada magnífica da CB, uma pena ter saído de linha.
Em qualquer cidade grande, a dica é atenção para não virar pedestre…
Usei a VFR por uma semana agradável mas preocupada, olhares de cobiça e duplas com aparência suspeita me fixeram mudar o itinierário algumas vezes. Não sei como é em Sampa e outros lugares desenvolvidos, mas lamento informar que as urbes cariocas são desniveladas e esburacadas demais para tornar astisfatório o deslocamento com a moto.
Tem lugares em que o Rio parece a Ilha de Man…
É um tal de plunct plaft zoom que não acaba mais. A suspensão é muito rígida, a moto quica pacarai e as pancadas vão direto para o chassi do condutor. Bom, há o fato de eu estar ficando cada vez mais velho e acabado, o que pode ter afetado o meu julgamento do quesito conforto.
Moto moderna, motociclista  antigo…
Minha mulher deu um rolezinho e pediu arrego, dizendo preferir minha Tenerezinha, ainda bem, hehe.
Prestes a decolar…
No final da semana, a sessão de fotos com meu amigo Leô Aragão foi alada, nas cercanias do Aeroporto Santos Dumont. Com a complacência dos guardas, mandamos uns curvões na cabeceira da pista, e qunado sujou com a segurança, nos deslocamos para as imediações do Museu de Arte Moderna, um dos lugares mais bonitos do Rio.
Rodando pelas ruas do Flamengo…
Vai pra lá vem pra cá, descobrimos um grupo de formandos de direito com aqueles trajes hilários estilo padre. Fui lá falar com eles para fazer umas fotos junto da moto, mas não tive sucesso, eles se declararam envergonhados. Potz, argumentei que advogado não pode ter vergonha e o tempo fechou de vez, hehe.
O Patrick disse que se ganhar na megasena manda descer duas. Maneiro!
A seguir, os comentários do meu camarada Leô Aragão, que se supera a cada dia em textos e imagens de ponta.  Acelera aí, Leô!

HONDA VFR1200cc
O negocio está ficando bom para o meu lado, cada vez eu ando numa moto diferente, e bota diferente nisto desta vez.
Essa semana que passou tive a oportunidade de andar no novo avião da Honda, ou melhor na nova moto com cambio automático. Por achar que estávamos andando de avião, resolvi  fazer as fotos dessa vez na cabeceira da pista do Aeroporto Santos Dumont.
Só em ter o cambio automático de dupla embreagem (DCT – Dual Clutch Transmission) já a torna uma moto diferenciada, algo inédito em motocicletas. O sistema automático (AT) proporciona uma pilotagem tão prazerosa e emocionante quanto ao modo manual (MT). Ao toque do comando esquerdo, o piloto pode realizar trocas de marchas para cima e para baixo conforme sua necessidade, já no comando do lado direito você pode utilizá-la no automático ou no esportivo. Toda essa tecnologia está associada ao excelente conforto e sofisticação que o modelo transmite.
Só achei um pouco estranho quando estava usando a moto no modo AT e vinha em terceira marcha numa pista de mão dupla quando tive que virar para  a esquerda.  No que eu tirei a mão para diminuir a velocidade e virar a moto ela precisou reduzir só que fez isto no limite extremo do tempo, chegando ser possível sentir aquela engasgada como se a moto fosse morrer, com certeza se fosse uma moto com embreagem eu a  teria apertado alguma fração de segundo antes e não teria essa sensação. Óbvio que isto não é um problema e sim uma questão de costume.
Outro item que achei bastante interessante é que utilizando a moto no modo MT, quando foi necessário parar a moto ela foi reduzindo automaticamente, mas quando tive que acelerar ela continuou no modo MT e tive que fazer as trocas de marchas no botão.
A moto é muito pesada para manobrar, precisava de uma marcha Ré, e achei até um pouco perigosa,  por ser automática ela dá um pequeno tranco por mais suave que seja o toque no acelerador, algo que não acontece numa moto aonde podemos controlar com a embreagem, aquela chegadinha para frente e para trás é um pouco complicada em lugares apertados.
Uma das coisas que mais me chamou atenção foi a sua carenagem em duas camadas e sem parafusos aparentes, a Honda está de parabéns no item acabamento, é impossível ser um usuário discreto no transito usando esta moto, ela tem um design fantástico e faz com que as pessoas virem para olhar, teve gente que ficou com torcicolo depois que passamos desfilando com ela.
A VFR1200F está equipada com excelentes  freios. Na dianteira, conta com potentes pinças de seis pistões e disco de 320 mm. Na traseira, apresenta pistão duplo e disco de 276 mm. Conta ainda com sistema Combined ABS (C-ABS), que garante equilíbrio de frenagem entre a dianteira e a traseira, que contribui tanto com o potencial esportivo do modelo quanto com sua vocação estradeira.
O formato do tanque de combustível  dá mais apoio ao motociclista, permite o perfeito encaixe de suas pernas e uma posição de pilotagem ergonômica, ampliando o controle. É uma moto daquela que o piloto e a moto se tornam uma coisa só ao invés de sermos um objeto estranho sobre ela.
Nota 10 esse avião da Honda, só que é para poucos pois o preço é bem salgado.
Qual é a próxima Fausto?
Abraço a todos.

Leonardo ‘Leô’ Aragão
Especificações técnicas

CategoriaSport Touring
Motor1236,7 cc, OHC, quatro cilindros, 4 tempos, refrigeração líquida
Potência máxima127 kW (172,7 CV) a 10.000 rpm
Torque máximo129 N.m (13,2 kgf.m) a 8.750 rpm
Diâmetro X Curso81,0 x 60,0 mm
Sistema de alimentaçãoInjeção Eletrônica PGM-FI
Relação de compressão12,0 : 1
Sistema de partidaElétrico
Transmissão6 velocidades, podendo ser engrenadas automaticamente ou manualmente
EmbreagemMultidisco em banho de óleo
LubrificaçãoForçada, por bomba trocoidal
IgniçãoEletrônica
Bateria12V – 11.2 Ah
Farol55/55W
Capacidade do tanque18,5 litros (6,4 litros de reserva)
Óleo do motor4,9 litros (3,6 litros para troca)
ChassiDiamond frame (Alumínio)
Suspensão dianteiraGarfo telescópico. Curso: 120mm
Suspensão traseiraPro-Link. Curso: 130mm
Freio dianteiroA disco, com 320 mm de diâmetro e pinças de seis pistões
Freio traseiroA disco, com 276 mm de diâmetro e pistão duplo
Pneu dianteiro120/70ZR 17M/C (58W)
Pneu traseiro190/55ZR 17M/C (75W)
Dimensões (c x l x a)2244 x 740 x 1222 mm
Distância entre-eixos1545 mm
Altura mínima do solo128 mm
Altura do assento815 mm
Peso seco264 kg
Corvermelha metálica e preta metálica
Preço público sugeridoR$ 69.900,00 (base Estado de São Paulo, não inclui despesas com frete e seguro)

Mais algumas imagens  bacanas da nossa convivência com a VFR, que essa semana foi eleita a Moto do Ano na votação da Revista Duas Rodas. É o mais importante prêmio do moto-jornalismo brasileiro. E convenhamos, com tantas inovações em um só produto, foi mais do que merecido…

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